Reitor participa de apresentação do MEC sobre orçamento e futuro da Rede Federal

O reitor do Instituto Federal do Acre (Ifac), Fábio Storch de Oliveira, participou nesta terça-feira (27/05), da reunião promovida pelo Ministério da Educação (MEC), em Brasília, onde foi apresentado o panorama orçamentário detalhado e as perspectivas para os institutos e universidades federais nos próximos anos.

Durante o encontro, conduzido pelo ministro da Educação, Camilo Santana, foram discutidos os principais avanços, desafios e medidas previstas para o fortalecimento da Rede Federal. A apresentação destacou que os anos de 2021 e 2022 representaram o pior período orçamentário das últimas décadas, com recursos discricionários historicamente baixos, ausência de concursos públicos e falta de reajuste nas bolsas estudantis.

Entre os desafios apontados pelo MEC, estão o aumento da taxa de conclusão dos cursos, a flexibilização da abertura e fechamento de cursos conforme o mercado de trabalho, a inclusão da temática da Inteligência Artificial (IA) nos currículos, a ampliação das vagas noturnas e do ensino a distância, além do fortalecimento da adesão ao Enem e SiSu.

Para os institutos federais, foi apresentado um histórico do orçamento, que embora tenha crescido em termos nominais – de R$ 10,3 bilhões em 2014 para R$ 22,3 bilhões previstos no PLOA 2025 – apresenta estagnação ou queda quando corrigido pela inflação. A situação é ainda mais crítica no que diz respeito aos recursos discricionários, que recuaram de R$ 5,2 bilhões (2014) para R$ 2,8 bilhões (2025), dificultando a manutenção das atividades.

Apesar do cenário desafiador, o ministro destacou ações recentes do governo federal, como a recomposição orçamentária, suplementações realizadas em 2023 e 2024, reajustes salariais, retomada de obras por meio do Novo PAC, e o reajuste de bolsas estudantis, incluindo a Bolsa Permanência, que passou de R$ 900 para R$ 1.400, com meta de universalização até 2026.

O reitor Fábio Storch ressaltou a importância da participação do Ifac em espaços como este, que buscam não apenas apresentar dados financeiros, mas também ouvir as demandas das instituições e construir, de forma conjunta, estratégias para garantir educação pública, gratuita e de qualidade para todos os brasileiros. “É fundamental estarmos presentes nesses diálogos, principalmente em um momento de reconstrução e fortalecimento das políticas educacionais”, destacou.

Fotos: Acervo MEC/IFAC