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Campus Sena Madureira

Pesquisa do Ifac analisa qualidade de sementes forrageiras no Acre

publicado: 14/06/2022 15h07, última modificação: 14/06/2022 15h07
Equipe que conduz os estudos está disponível para atender produtores e técnicos com recomendações, escolha de cultivares e análises de sementes
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Equipe do projeto: Ana Carollyne Dantas, Thalia Ribeiro, Fabiana Pereira, Entoni Messias de Souza, Laiane Ferreira e Adejardson Araújo

Uma pesquisa em desenvolvimento no Instituto Federal do Acre (Ifac) Campus Sena Madureira desde 2019 vem analisando a qualidade de sementes  de gramíneas forrageiras comercializadas no estado. Essas sementes são importantes na pecuária já que dão origem a plantas como o capim, que servem como fonte de alimento para o gado. O estudo é coordenado pelo docente Paulo Márcio Beber, doutor em produção vegetal, e tem participação de estudantes do curso de Bacharelado em Zootecnia.

A pecuária de corte foi responsável por 10% do PIB, em 2020, o que coloca o Brasil como um dos principais produtores e exportadores de carne do mundo. Essa atividade econômica vem se expandindo para a região norte, onde quase metade dos pastos enfrentam algum estágio de degradação, de acordo com a pesquisa.

A relevância do estudo passa pela crescente demanda de sementes de gramíneas forrageiras no mercado brasileiro, à medida que elas são necessárias na recuperação de pastagens, no uso da integração lavoura-pecuária e nas demais atividades como o plantio direto.

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Sementes de gramíneas forrageiras foram analisadas em laboratório

Diante disso, além da qualidade, a pesquisa busca avaliar a dormência e o valor cultural das sementes de gramíneas forrageiras comercializadas no Acre. De acordo com o professor, o trabalho permite verificar se a qualidade indicada nos rótulos das embalagens das sementes está de acordo com a normatização vigente e, ainda, indicar qual o tamanho da dormência dos lotes comercializados e se há problemas em calcular as taxas de semeadura utilizando os valores de germinação ou viabilidade.

De acordo com artigo publicado na edição nº 02, de 2021, da Revista Conexão na Amazônia, até o momento a equipe responsável pelo estudo identificou problemas nas informações dos rótulos com relação à pureza física e dormência de alguns tipos de sementes comercializadas em Sena Madureira.

Acesse o artigo: Valor cultural de sementes de gramíneas forrageiras comercializadas no Acre

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Jovens pesquisadores João Victor Tavares, Maikiline de Souza, Luana Santos e Vinícius dos Santos (trabalharam no projeto em 2019 e 2020)

Para melhorar a qualidade do produto, os pesquisadores apontaram para a necessidade de melhorias no processamento das sementes pelas empresas produtoras. Os autores também recomendaram mais rigor na verificação dos padrões mínimos de qualidade por parte dos responsáveis pela fiscalização das sementes. Por fim, é indicado aos técnicos e produtores que baseiem suas taxas de semeaduras pelo valor cultural calculado após testagem particular das sementes, evitando má formação da pastagem.

Atuação do zootecnista

A participação de acadêmicos de Zootecnia no projeto ganha importância quando se considera que “O mercado de sementes de forrageiras é uma área de grande atuação desses profissionais e está em expansão”, como garantiu o professor Paulo Márcio (foto).

sementes_forrageiras_paulo_beber.jpgAdemais, a pesquisa desenvolvida no projeto já gerou bons frutos com a defesa de trabalho de conclusão de curso e publicação de artigo na Revista Conexão na Amazônia pela ex-aluna e zootecnista Luana Santos Maia. Atualmente, a aluna e bolsista Ana Carollyne de Souza Dantas conduz os trabalhos no laboratório do Campus Sena Madureira.

O projeto tem apoio financeiro do Ifac por intermédio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Proinp) e, segundo o coordenador, “está aberto a atender produtores e técnicos com recomendações, escolha de cultivares e análises de sementes de forrageiras, aproximando o Ifac da sociedade como um todo.”

Com informações e fotos do projeto do Campus Sena Madureira