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Ifac inicia oficina Clube do Fuxico no presídio feminino de Rio Branco

publicado: 01/05/2023 18h08, última modificação: 01/05/2023 18h09
Ação conta com parceria do Tribunal de Justiça do Acre e do Instituto de Administração Penitenciária do Acre
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O Instituto Federal do Acre (Ifac), por meio da Coordenação de Arte, Cultura e Cidadania, da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), deu início à oficina Clube do Fuxico, na última segunda-feira (24.04), com mulheres que se encontram reclusas na Unidade de Regime Fechado Feminina de Rio Branco (URFF), do presídio Francisco de Oliveira Conde.

A ação, que é desenvolvida em parceria do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) e do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), contou com a participação de 20 mulheres. Com o encerramento das aulas, as alunas poderão repassar o aprendizado para outras mulheres que se encontram presas na unidade, fazendo com que o projeto chegue a cerca de 200 pessoas capacitadas.

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A oficina, que contabiliza 60 horas/aula, tem o objetivo de ensinar a técnica artesanal do fuxico, como também incentivar a criatividade e empreendedorismo. O fuxico é um tipo de artesanato brasileiro que compreende na confecção de flores de tecido. Ao unir as pequenas peças, é possível criar colchas, tapetes, capas de almofada, até mesmo colares, bolsas, guirlandas e abajures.

Para a coordenadora de Arte, Cultura e Cidadania do Ifac, Mariete Buriti, que também é responsável por ministrar as aulas na UFRR, a atividade é uma forma de levar a instituição para os mais diversos espaços do Acre. “É uma satisfação colaborar com a educação, a arte e a cultura, como também contribuir para a reabilitação das participantes, estimulando a formação e a criatividade das mulheres que se encontram em privação de liberdade”.

Conforme destaca Mariete Buriti, durante a oficina, “as participantes poderão desenvolver habilidades em forma de arteterapia, já que o fuxico possibilita o exercício do cérebro, reduz o estresse, ajuda na concentração e contribui de forma relevante para a formação de um ambiente de acolhimento cada vez melhor”.

De acordo com o cronograma de atividades, a previsão é que as peças produzidas durante o projeto e no decorrer dos meses seguintes integrem uma feira de exposição e venda de artesanatos. “Dessa maneira, também poderemos auxiliar em perspectivas para o desenvolvimento do empreendedorismo, visto que o Ifac tem o compromisso e a missão garantir ações voltadas para a formação cidadã e a redução das desigualdades sociais”, ressaltou Mariete Buriti.

Veja abaixo o depoimento das instituições parceiras da oficina Clube do Fuxico:

“É sempre possível fazer um novo começo. Esse novo começo é o dia que vocês colocarão os pés fora do ambiente prisional. Só que esse novo começo bonito e luminoso, pra que ele aconteça é preciso que vocês iniciem hoje e agora dentro do coração de vocês. Esse novo começo tem que ser preparado aqui dentro, é com essas oficinas e terapias, que o desejo para uma nova vida, uma vida honesta, para que vocês não caiam nas armadilhas da vida em situações ilícitas. Com essas nova habilidades que aprenderão, vocês possam refletir para uma nova vida”. (Regina Ferrari – presidente do TJAC)

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“Não existe outra forma de acolhimento senão por meio trabalho. Somente pelo trabalho que a ressocialização poderá ser feita. O poder público ainda está muito a dever a questão do trabalho nos presídios e é preciso incrementar cada vez mais isso. Então, não percam jamais a fé e a esperança, porque isso que importa para que vocês se mantenham vivas, a fé e a esperança reúnem a essência do ser humano”. (Eva Evangelista – coordenadora Estadual de Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar)

“Mesmo com todas as dificuldades para a execução de projetos, mas essa oficina é fruto da união de instituições, de pessoas e de corações”. (Maria Dalvani de Azevedo – diretora da UFRR)

Com informações: Elisson Magalhães - Comunicação/TJAC

Fotos: Paulo Rodrigues - Dscom/Ifac

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