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Ifac conquista ouro na etapa nacional da Olimpíada de Foguetes no Rio de Janeiro

publicado: 28/08/2025 13h42, última modificação: 28/08/2025 13h42
Com inovação, segurança e trabalho em equipe, alunos do Ifac levam o Acre ao pódio da Olimpíada Brasileira de Foguetes
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O Instituto Federal do Acre (Ifac) conquistou medalha de ouro na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBFEP), realizada entre os dias 18 e 21 de agosto, em Barra do Piraí (RJ). O evento reuniu equipes de escolas de todo o país em quatro dias de oficinas, palestras, atividades práticas e lançamentos experimentais, promovendo ciência, inovação e integração entre estudantes.

A equipe campeã do Campus Sena Madureira foi formada pelos estudantes Katryelly Barbosa Macedo, Jéssica Moura da Silva e João Augusto do Nascimento de Queiroz, com o apoio da aluna Jordana Raica Batista de Melo, responsável pela produção de conteúdo digital da equipe. A estudante Sara Maciel dos Santos, também integrante do grupo, não pôde participar da Jornada porque representava o campus na etapa regional dos Jogos, em Macapá, sendo substituída por João, que já colaborava com as oficinas e desenvolvia peças em 3D para os foguetes. Além de Sena Madureira, o Ifac também contou com representantes do Campus Cruzeiro do Sul.

Como funciona a Jornada de Foguetes

A Jornada de Foguetes é organizada pela Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), parte da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). A seleção das equipes ocorre entre as escolas participantes da MOBFOG: aquelas que alcançam maiores distâncias em lançamentos locais são convidadas a integrar a etapa nacional.

Durante os quatro dias de evento, estudantes e professores participam de:

  • Palestras com astrônomos e especialistas em ciência e tecnologia;

  • Oficinas práticas de construção e aprimoramento de foguetes;

  • Atividades de lançamento em diferentes categorias, com sistemas de propulsão variados;

  • Momentos de integração, estimulando liderança, trabalho em equipe e inteligência emocional.

Os foguetes, construídos com materiais como garrafas PET, podem utilizar desde propulsão química (vinagre e bicarbonato de sódio) até propelente sólido. Os participantes são de diferentes níveis de ensino, do fundamental ao médio, e as melhores equipes recebem troféus e, em algumas edições, bolsas de iniciação científica júnior.

Segurança em primeiro lugar

A professora Karla Vilas Boas, que coordenou a equipe campeã, destacou que além do aprendizado científico, o evento valoriza a segurança:

“Os lançamentos envolvem pressão superiores à de pneus de automóveis, e as peças podem atingir grandes distâncias. Por isso, os estudantes utilizam equipamentos de proteção, como viseiras e coletes, e todas as bases são fixadas no solo. O espaço conta com ambulância e áreas demarcadas, para que tudo aconteça de forma controlada. Essa seriedade permite que o aprendizado ocorra de forma responsável e segura”, explicou.

A experiência dos campeões

Para a estudante Jéssica Moura, a conquista foi emocionante:

“A ansiedade era grande, mas conseguimos manter a calma e superar as expectativas. Foi maravilhoso representar o Ifac e perceber o reconhecimento de uma instituição pública em um evento nacional.”

O aluno João Augusto contou que a Jornada foi a realização de um sonho de infância:

“Sempre gostei de foguetes e participar dessa Olimpíada foi incrível. Foi minha primeira viagem a uma competição desse porte, e voltar com a medalha de ouro foi ainda mais especial.”

Já o diretor do campus Sena Madureira, Daryl Abejdid, ressaltou o papel dos professores e do esforço coletivo:

“Desde 2023, com o engajamento da professora Karla e de outros docentes de Física, conseguimos projetar o campus no cenário nacional. A direção apoiou garantindo os recursos, mas o mérito é dos professores e alunos que transformaram dedicação em conquista.”

Ifac no pódio

Com a medalha de ouro, o Ifac enfatiza seu compromisso com a formação científica e cidadã, aproximando teoria e prática em projetos que unem física, astronomia, criatividade e trabalho em equipe. A conquista tem sido um estímulo para que mais estudantes do Acre sonhem com a ciência e alcem voos cada vez mais altos.