Notícias
EXTENSÃO
Sarau Cultural MulherAr celebra a força e a identidade feminina no Vale do Juruá
Nem mesmo a chuva de novembro conseguiu apagar o brilho do 1º Sarau Cultural MulherAr, realizado nesta quarta-feira (05.11), em Cruzeiro do Sul. O evento, promovido pelo Instituto Federal do Acre (Ifac), por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), reuniu arte, música e reflexões sobre o papel da mulher na cultura do Vale do Juruá.
A ação foi uma iniciativa conjunta do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC) e do Programa Mulheres Mil, ambos executados pelo Ifac, e contou com apoio de diversas instituições locais.

O sarau aconteceu no Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e teve início com uma ambientação sensorial embalada pela trilha “Vozes da Floresta e da Mulher Amazônica”, que deu o tom à recepção organizada pela comissão do evento.
Uma noite de arte, cultura e resistência - A abertura oficial contou com a presença do diretor-geral do Ifac/Campus Cruzeiro do Sul, Raelisson Walter; da coordenadora adjunta do Programa Mulheres Mil, Suélen Teles; do agente territorial de cultura do Vale do Juruá, Ulissys Bandeira; além de representantes da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) e da Prefeitura de Cruzeiro do Sul.

A programação foi marcada por apresentações diversificadas que celebraram o talento feminino e a cultura regional. O público prestigiou o Coral do Centro Educacional CEANON, a intervenção cênica sobre violência contra a mulher, conduzida pela professora Maria José Freitas, e a performance instrumental de guitarrada amazônica com Clérton Souza.

A noite também contou com dança de carimbó apresentada por Vitória Lima, e momentos poéticos e musicais de Adriele da Silva Martins (SEASDH), Hillary Oliveira da Conceição (Fazenda da Esperança Feminina), Maria Madalena, Wendila Silva da Costa e Marla Alves.
Durante o Luau Cultural realizado em Cruzeiro do Sul, alunas do Programa Mulheres Mil participaram de apresentações artísticas que destacaram a criatividade e a autoconfiança desenvolvidas ao longo das atividades do projeto. O evento proporcionou um espaço de expressão e reconhecimento para as mulheres participantes, que declamaram poesias autorais e compartilharam suas vivências diante do público.
Empoderamento e emoção no palco - A coordenadora adjunta do programa, Suélen Teles, destacou a importância da experiência para o fortalecimento da autoestima das alunas. “Fiquei imensamente feliz com a participação das meninas. Elas saíram de lá empoderadas, com a autoestima tão elevada! Subiram ao palco, declamaram e compartilharam as poesias que elas mesmas escreveram. Foi algo muito bonito de ver”, contou.

Suélen relatou ainda o caso de uma das participantes, que expressou gratidão e entusiasmo ao vivenciar o momento. “A Hillary me disse que estava muito feliz, porque era o segundo certificado que ela recebia do Mulheres Mil. Ela contou que viveu uma experiência totalmente nova, pois nunca havia sido convidada a ler algo que ela mesma escreveu. E, naquele dia, ela estava ali, diante de tantas autoridades e pessoas, vivendo um momento de reconhecimento e superação.”
Mesmo com o temporal que atingiu a cidade durante o evento, a atividade aconteceu como planejado e deixou boas recordações. “Foi lindo, de verdade. Agora queremos realizar um luau voltado especialmente para as nossas meninas, para continuar fortalecendo esse sentimento de pertencimento e empoderamento”, concluiu Suélen.
Para o agente territorial de cultura do Vale do Juruá, Ulissys Bandeira, o Sarau MulherAr foi mais do que um evento cultural, foi um espaço de fortalecimento social. “Garantimos voz e espaço para as mulheres, além de mobilizar a sociedade no enfrentamento à violência e ao feminicídio na região. É uma ação de união, representatividade e poder”, destacou.

O encontro terminou com um coffee break, em clima de confraternização e gratidão entre organizadores, convidados e artistas. “Mais do que um evento cultural, o 1º Sarau MulherAr consolidou-se como um espaço de celebração da mulher amazônica, valorizando sua força, identidade e contribuição para a cultura do Acre”, concluiu Ulisses.
(Informações e fotos do PNCC e coordenação adjunta do programa Mulheres Mil/Cruzeiro do Sul)