Ifac realiza I Seminário de Inclusão Educacional e fortalece políticas de acessibilidade nos campi

O Instituto Federal do Acre (Ifac), por meio da Coordenação de Ações Inclusivas (Coain) da Pró-Reitoria de Ensino (Proen), em parceria com a Diretoria Sistêmica de Gestão de Pessoas (Disgp), promoveu, nos dias 16 e 17 de outubro de 2025, o I Seminário de Inclusão Educacional. O evento reuniu servidores, docentes e técnicos administrativos de todos os campi, com o objetivo de promover reflexões e trocas de experiências sobre acessibilidade e inclusão na instituição.

Com uma programação diversificada, o seminário contou com palestras, mesas-redondas e oficinas conduzidas por profissionais de referência na área, entre eles a professora Andréa Poletto, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). Poletto é reconhecida nacionalmente por suas contribuições na consolidação de políticas inclusivas na Rede Federal e pelo trabalho de assessoramento pedagógico voltado à acessibilidade e à equidade educacional. 

Segundo a Pró-reitora de Ensino, Ana Cláudia de Souza Garcia o seminário foi pensado como um espaço de fortalecimento das ações inclusivas já existentes e de construção de novas estratégias institucionais. “Incluir é garantir que todos tenham condições reais de aprender”, destaca a pró-reitora.

O coordenador de Ações Inclusivas do Ifac, John Kenede Batista Lima disse que o seminário foi desenvolvido para atender a uma demanda muito importante dentro do Ifac. "A inclusão é um tema que atravessa todas as dimensões da nossa atuação. Conseguimos reunir durante esses dois dias as equipes que estão à frente das ações de acessibilidade, como os Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas (Napnes), Núcleo de Assistência Estudantil (Naes) e COTEPs, e também abrimos espaço para docentes e demais servidores interessados em se aprofundar no tema”, afirmou.

Experiências entre campi - Para John Kenede, a troca de experiências entre os campi e os especialistas convidados foi um ponto alto do evento. “Foi um momento de formação e também de escuta. Falamos sobre as dificuldades reais que enfrentamos nos campi e sobre como podemos avançar institucionalmente. Discutimos desde a adaptação de materiais e currículos até a sensibilização da comunidade acadêmica. É preciso compreender que incluir não é apenas adaptar um espaço físico ou um conteúdo, mas garantir que todas as pessoas tenham condições reais de aprender e participar ativamente da vida acadêmica”, completou.

O coordenador também ressaltou o caráter formativo e contínuo da iniciativa. “Essa ação é apenas o início de um ciclo de formações e debates que queremos manter ao longo do próximo ano. O seminário mostrou que a comunidade do Ifac está comprometida em fortalecer a cultura da inclusão, e isso nos motiva a continuar trabalhando com ainda mais dedicação”.

John Kenede disse que foi possível, realizar a formação e o fortalecimento das políticas institucionais de inclusão, trazendo reflexões e práticas voltadas à equidade educacional. Para atender aos servidores que não puderam se deslocar para a capital, o evento foi totalmente transmitido pela equipe do Centro de Referencia de Educação a Distância (Cread).  “Essa ação é apenas o início de um ciclo de formações e momentos de debate para a melhoria da inclusão na instituição”.

Coordenador de Napne avalia evento - Para o tradutor e coordenador do Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) do Campus Sena Madureira, Ruan Carvalho, o seminário foi uma oportunidade de aprendizado e de reafirmação do compromisso coletivo com a inclusão. “A inclusão é um compromisso de todos nós”, afirma coordenador do Napne.

“Foi um momento muito importante para todos nós. O seminário nos proporcionou uma troca de experiências riquíssima, abordando temas fundamentais como o regulamento das práticas inclusivas, a flexibilização curricular, o plano de ensino individualizado e os direitos dos estudantes com necessidades específicas. Cada palestra e cada discussão contribuíram para ampliarmos o nosso olhar sobre o papel da inclusão dentro do Ifac”, destacou.

Ruan explicou que o evento ajudou a consolidar uma compreensão mais ampla do conceito de inclusão dentro da instituição. “Quando falamos de inclusão, não estamos falando apenas de atender estudantes com deficiência. A cultura da inclusão é para todos. Ela se manifesta quando respeitamos as diferenças, quando adaptamos metodologias de ensino, quando acolhemos as diversas formas de aprender e ser. É uma construção coletiva que envolve docentes, técnicos, gestores e estudantes. Todos nós temos um papel essencial nesse processo”, ressaltou.

Ele acrescentou que o seminário também teve um impacto direto no trabalho realizado nos campi. “Volto para o meu campus ainda mais motivado e com novas ideias para implementar ações que garantam uma educação mais justa e acessível. O Ifac tem demonstrado sensibilidade e comprometimento com essa pauta, e o seminário reforçou o quanto estamos no caminho certo. Esses momentos são inspiradores e nos ajudam a fortalecer a missão do Napne de promover uma educação para todos, que valorize as diferenças e transforme a realidade dos nossos estudantes”, concluiu.

(Com informações da Coordenação de Ações Inclusivas e fotos de Manassés Carvalho)