IFAC/Pronatec realiza certificação na aldeia Shane Kaya

Para chegar à Aldeia Shane Kaya é necessário percorrer 07 km na estrada de terra, rodeada pela floresta amazônica. Esse foi o caminho feito pela equipe do Pronatec para chegar na comunidade onde realizou a certificação dos indígenas que participaram do curso de formação inicial e continuada (FIC), no município de Feijó. O evento aconteceu no dia 29 de julho e foram qualificados 30 profissionais na área de Agricultor Orgânico. Na ocasião, estiveram presentes familiares e amigos dos concluintes.

Segundo a cacique Enir Brandão um dos diferenciais do programa foi a contratação dos professores indígenas que ministraram o curso de Agricultor Orgânico, pois além de contribuir no aprimoramento das técnicas do plantio agrícola, resultou em uma educação diferenciada para os participantes, colaborando desta maneira com a valorização de suas línguas, conhecimentos e processos pedagógicos próprios.

Durante a certificação, a coordenadora do Pronatec na regional de Tarauacá-Envira, Geyse Oliveira, agradeceu a todos presentes e falou da importância dos cursos ministrados nas aldeias indígenas durante o primeiro semestre deste ano. “É muito gratificante acompanhar a realização dos cursos nas aldeias, principalmente poder ouvir das lideranças, professores e alunos que os cursos ministrados contribuem de alguma foram no resgate cultural dos povos indígenas”, disse.

Além da coordenadora do Pronatec na regional, Geyse Oliveira, também fizeram parte da composição da mesa a cacique Enir Brandão, os professores do Pronatec, Gilmar Kaxinawá, Valdemir Batista e José Guilherme Kaxinawá, a coordenadora do Pronatec-Serviços Públicos, Dausterneya Maciel, a coordenadora do Pronatec-Mulheres Mil, Mariete Buriti e, representado o diretor Geral do Campus Tarauacá, a diretora de Administração, Manutenção e Infraestrutura, Daiana Araújo.

O curso de Agricultor Orgânico promovido na aldeia Shane Kaya, em Feijó, teve parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), Organização dos Professores Indígenas do Acre (OPIAC) e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do IFAC/Campus de Tarauacá. Além disso, contou também com a participação de representantes das lideranças Indígenas que colaboraram com a adaptação dos planos pedagógicos dos cursos para atender à necessidade e a realidade cultural de cada povo.