Estudantes vivenciam história e arte do Acre em passeio na Capital

Estudantes do Campus Avançado Baixada do Sol do Instituto Federal do Acre – IFAC vivenciaram uma manhã diferente nesta sexta-feira, 1º de julho. Cerca de 40 alunos do integrado ao ensino médio participaram de uma viagem no tempo, em um passeio pelos principais pontos culturais, político e religioso no centro de Rio Branco. A atividade foi conduzida pelo professor de história, João Cabral, acompanhado dos professores Douglas Marques (música), Bruno Parreira (arquitetura) e Ueliton Santana (arte).

O passeio teve início na Praça da Revolução, onde os estudantes conheceram as histórias por trás do local e dos monumentos ali expostos. O professor Ueliton falou sobre o monumento Mapinguari em homenagem ao povo acreano, a estátua de Plácido de Castro e o painel do artista Hélio Melo.

Em seguida, na Catedral Nossa Senhora de Nazaré os visitantes conheceram a história da construção do local e o estilo arquitetônico no qual foi baseada. Outro local visitado foi o Memorial dos Autonomistas onde ouviram a explanação do professor João Cabral sobre o movimento político que culminou na elevação do Acre como Estado brasileiro.

No Palácio Rio Branco, o grupo foi guiado pelos estudantes da Ufac, Welington Gomes e Rosa Tais. A construção impressionou os visitantes. O professor Bruno Parreira falou sobre os dois monumentos em frente ao Palácio que representam a fertilidade feminina e a virilidade masculina, sendo elas a fonte luminosa e o obelisco, respectivamente.

A Praça dos Povos da Floresta, do Mercado Velho, a Passarela Joaquim Macedo e mosaicos na travessa de acesso à passarela Joaquim Macedo também foram visitados. O passeio foi finalizado na Gameleira, ponto inicial da história da cidade, segundo o professor Cabral.

De acordo com o docente, a proposta do projeto é proporcionar aos estudantes uma compreensão mais aprofundada da história acreana através das visitas aos locais históricos e do caráter interdisciplinar da atividade que envolveu professores de história, artes e arquitetura. “O projeto se chama ‘O olhar sobre a formação histórica de Rio Branco’ e a ideia é integrar os conteúdos das disciplinas dos cursos integrados, porque nós temos várias disciplinas e elas precisam conversar entre si. E o centro de Rio Branco é um local muito rico sobre a nossa história, nós temos vários elementos que a gente pode contar essa história e usar essas várias disciplinas para aprofundar os conteúdos”, contou.

Segundo o professor Douglas Marques, a atividade também tem como objetivo fazer com que os alunos criem uma relação de pertencimento junto a cidade.

“Muitas vezes, ao passar pelo centro da cidade os alunos se deparam com obras de arte, com as obras importantes na construção da cidade, no entanto, não conhecem as obras nem os prédios da maneira como nós vimos agora”, explicou.

A estudante do 3º ano do curso Técnico de Desenho em Construção Civil, Márcia Eduarda, disse que já havia visitado os mesmos lugares antes. O diferencial deste passeio, segundo a aluna, foi a presença de professores de outras disciplinas. “Em escolas anteriores onde estudei eu já tinha feito essa visita ao Palácio, ao Memorial dos Autonomistas e até mesmo à Gameleira, mas foi diferente de agora, porque não tinha tido essa integração da História com a Arte e com a Arquitetura, principalmente, porque o nosso curso é direcionado para isso. Então ter todo esse contexto histórico com a arte e com a arquitetura está sendo muito enriquecedor”.

Também da turma do 3º ano de Desenho em Construção Civil, a aluna Vitória Lopes avaliou a atividade como positiva por proporcionar a visita aos ambientes e a integração das matérias. “Na sala de aula você fica só na imaginação, não tem a visualização completa daquilo. A gente estuda com imagens, mas é muito diferente de você estar no ambiente, permanecer naquele lugar e olhar ele de todos os ângulos. Com essa integração dessas matérias, história, arte, arquitetura, a união de tudo isso é diferente porque na sala de aula eu tenho a presença de só um professor e não de todos ao mesmo tempo”.

“Muitos deles conheciam essa história, conheciam a cidade. E o nome do projeto é exatamente por isso, para que eles comecem a ter uma nova visão sobre a cidade. Então eles começam a identificar esses símbolos e dão valores a eles que não davam anteriormente, porque não tinham um olhar, um conhecimento sobre aquilo”, completou o professor João Cabral.

O docente também falou do anseio de que o projeto seja ampliado abarcando outras disciplinas. “Essa é a primeira vez que estamos realizando esse projeto, a ideia é que se façam visitas com outros professores em outros espaços. Por exemplo, no parque ambiental, as pessoas da área de biologia, química, física explorem esses lugares para que outras disciplinas também conversem, não só as que estão aqui”, disse.