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Campus Tarauacá

Reitora se reúne com servidores e alunos para tratar dos impactos da reforma do ensino médio

publicado: 01/11/2016 11h06, última modificação: 03/11/2025 15h08
Durante o encontro, Rosana Cavalcante também falou sobre as interferências da PEC 241 juntos aos institutos federais
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Para ampliar as discussões relacionadas à educação junto ao Instituto Federal do Acre (IFAC), a Reitoria Rosana Cavalcante se reuniu com servidores e estudantes do campus Tarauacá para discutir os impactos da Medida Provisória 746, que trata da reestruturação do ensino médio no Brasil, e da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que visa a limitação de gastos públicos para os próximos 20 anos.   

O encontro também contou com a participação da pró-reitora de Ensino, Lucilene Acácio, que explicou aos estudantes que o aumento da carga horária está entre as principais mudanças para o ensino médio. Segundo ela, com a Medida Provisória 746 em vigor, o ensino passará a ser integral.  

“A MP 746 altera consideravelmente o ensino médio já que a carga horária passará de 2,4 mil horas/aula para 4,2 mil horas/aula. Isso significa que os alunos irão estudar na instituição sete horas por dia, durante os 200 dias letivos de cada ano. Para nós do IFAC, que oferecemos o ensino médio integrado à educação profissional, passaremos a ter dois grandes desafios com esta mudança, sendo eles: a adequação do currículo ao que for estabelecido com a Base Nacional Comum Curricular e ainda se pensar em como a educação profissional será articulada nesse contexto”, ressaltou Lucilene Acácio.

Segundo a Reitora Rosana Cavalcante, a reforma junto ao ensino médio é necessária, porém esta precisa ser amplamente discutida com a sociedade. “Foram feitas inúmeras discussões sobre o Plano Nacional de Educação com a sociedade e agora a MP do ensino médio vem passando por cima de tudo o que construímos na coletividade. Nossos alunos e servidores precisam se apropriar das discussões para avaliarem de forma crítica”, afirmou a reitora.

Em relação à PEC 241, a Reitora Rosana Cavalcante destacou que caso a proposta seja aprovada, o desafio para educação será considerável já que os recursos passarão a ser escassos. “A PEC 241 afronta a Constituição de 1988, desconsiderando a ordem constitucional prevista nos artigos 198 e 212, que garante investimentos mínimos na área de saúde e educação. Se aprovada, a partir de 2018, os montantes para investimentos nestas áreas assumem novos critérios que será a inflação e não mais a receita corrente líquida como prevê a Constituição. Na prática nenhum investimento na área primária poderá ser feito por 20 anos”, explica.

De acordo com a reitora, o encontro realizado no campus Tarauacá também acontecerá nas demais unidades do IFAC. De acordo com a Reitora, o objetivo das discussões é esclarecer os estudantes e servidores sobre o impacto das novas normativas que poderão ser adotadas pelo Governo Federal no dia a dia da instituição e de toda a comunidade. A reitora também ressaltou que além dos encontros junto aos campi garantirem um posicionamento apartidário, também contribuem para a elaboração do planejamento estratégico do IFAC para os próximos anos.

Demandas

Além das discussões relacionadas à MP 746 e à PEC 241, durante o encontro a reitora também realizou a entrega de kits aos servidores e ainda se reuniu com os profissionais para dar retorno às demandas apontadas durante o Fórum de Planejamento Estratégico realizado no mês de outubro. Na oportunidade ainda foram abordadas demandas específicas de funcionamento do campus Tarauacá, como adaptações na estrutura administrativa e internet, já que a unidade agora se encontra em sede própria.