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Campus baixada do sol
Estudantes do IFAC participam de projeto da WWF Brasil
Estudantes do Instituto Federal do Acre (IFAC) participaram nesta semana de atividades do Projeto AeTrapp realizado pela Organização não-governamental World Wide Found for Nature (WWF Brasil) em parceria com instituições de ensino no Acre. No início da semana, foi realizada uma oficina para apresentação do projeto que teve a participação de alunos do campus Avançado Baixada do Sol.
O Projeto AeTrapp visa fornecer ferramentas necessárias para a atuação da população no monitoramento de focos de mosquitos transmissores de dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A proposta é incentivar o uso de um aplicativo em smartphones que faz uma contagem automatizada dos ovos de mosquitos capturados em uma armadilha chamada ovitrampa. Além disso, o aplicativo deve facilitar o acesso a informações com a disponibilização de um mapa online para a comparação da situação em diferentes localidades.
No IFAC, estudantes dos campi Rio Branco e Baixada do Sol estão participando do projeto. Na terça-feira, 18, alunos dos cursos técnicos da Baixada tiveram uma demonstração de como confeccionar uma ovitrampa, armadilha onde as fêmeas de mosquitos Aedes depositam seus ovos. A partir disso, os participantes do projeto devem fotografar os ovos e enviar os dados para o aplicativo.
Segundo o consultor da WWF Brasil e coordenador tecnológico e científico do Projeto AeTrapp, Odair Scatolini Junior, “o projeto tem muito o perfil do jovem que tem fácil acesso e habilidade com as novas tecnologias. Além disso, os celulares smartphones são muito populares no Brasil, em todos os lugares tem um jovem utilizando eles no dia a dia. Então eles são um público que têm muita desenvoltura com isso, por isso optamos por realizar o projeto em parceria com escolas e universidades”.
Além dos alunos do campus Avançado Baixada do Sol, acadêmicos do curso de Sistemas para Internet, do campus Rio Branco, também estão participando da ação, por meio de um projeto de extensão institucionalizado no IFAC pela professora Danielly Nóbrega. Os estudantes deste curso deverão auxiliar os participantes do projeto na parte tecnológica, ou seja, na instalação do aplicativo e orientando os colegas nas funcionalidades do sistema. Esses alunos já passaram por uma capacitação ministrada pelos coordenadores do projeto e pelos desenvolvedores do aplicativo, que são estudantes do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).
“A ajuda deles foi super bem-vinda porque nós sabemos que os jovens têm habilidade e desenvoltura com a tecnologia, mas o projeto não está restrito só ao público jovem, então a gente precisava de uma parceria para oferecer suporte técnico e encontramos abertura no IFAC. A professora Danielly Nóbrega e o professor Dirceu Lima conseguiram mobilizar alguns alunos que se interessaram. A partir disso, eles tiveram uma formação especifica sobre o sistema para que possam prestar assistência técnica para os participantes. Então eles vão atuar presencialmente nas oficinas e também nos espaços virtuais do fórum do Aetrapp e na página do Facebook, onde eles vão ajudar a responder dúvidas e orientar as pessoas que tiverem dificuldades com as ferramentas técnicas”, explicou o coordenador do projeto.
Ações em 2017
Há muitos anos a dengue vem sendo um problema que mobiliza a população e poder público no combate à proliferação do mosquito transmissor, Aedes aegypti. Em 2015 foram notificados 1.649.008 casos de dengue no Brasil. Na região Norte, Rio Branco se destaca como a capital com maior número de casos de dengue a cada 100 mil habitantes. Segundo Odair Scatolini Junior, este foi um dos motivos porque a capital acreana foi escolhida para implantar o projeto.
“Viemos para Rio Branco por alguns motivos. Um deles é a relação muito boa que o WWF tem com o poder público e com a sociedade civil aqui. Além disso, Rio Branco é a capital da Amazônia com mais casos de dengue, tem a maior taxa por 100 mil habitantes”, justificou o coordenador.
Ao longo do ano, o projeto pretende engajar dez comunidades do município de Rio Branco e entorno na vigilância cidadã de focos de mosquitos em suas localidades. Em parceria com instituições públicas e privadas, será feito engajamento de atores importantes para realização do experimento piloto com duração de oito semanas. Entre os critérios para a escolha dos bairros estão o Índice Infestação Predial; Receptividade aos Agentes de Controle de Endemias; Condições de Saneamento; Existência de escolas e de Unidades de Saúde; Perfil econômico; Região geográfica e Ambiente urbano.
Mais fotos da oficina estão disponíveis no Flickr do IFAC.
