Resolução nº 34/CONSU/IFAC, de 20 de setembro de 2019

 

 

O PRESIDENTE SUBSTITUTO DO CONSELHO SUPERIOR do Instituto Federal do Acre, no uso de suas atribuições legais, conferidas pelo o artigo 12 da Lei nº 11.892, de 29/12/2008, nomeado pela portaria nº 634 de 07 de maio de 2018, publicada no Diário Oficial da União nº 87 de 08 de maio de 2018, seção 2.

CONSIDERANDO deliberação tomada na 27ª Reunião Ordinária do Conselho Superior, no dia 26/04/2019;

CONSIDERANDO o que consta no inciso III, do artigo 9º e no artigo 39 da Resolução CONSU/IFAC n° 045, de 12/08/2016, que aprova o Regimento Interno do CONSU;

CONSIDERANDO o constante dos autos do processo nº 23244.013827/2018-53.

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar o Projeto Pedagógico do Curso de Especialização em Biodiversidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor a partir da data de publicação.

Art. 3º Publique-se.

 

Rio Branco, 20 de setembro de 2019.

 

LUÍS PEDRO DE MELO PLESE

Presidente Substituto do Conselho Superior

 

 

 

ANEXO

 

 

PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO

 

 

 

 

 

 

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE

 

 

 

 

 

 

 

APROVADO PELO CONSELHO SUPERIOR

RESOLUÇÃO Nº 34/2019

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rio Branco/AC 2019

 

 

 

 

 

 

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO IFAC

 

 

REITORA DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ACRE

Rosana Cavalcante dos Santos

 

PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO

José Claudemir Alencar do Nascimento

 

PRÓ-REITORA DE ENSINO

Maria Lucilene Belmiro de Melo Acácio

 

PRÓ-REITOR DE PESQUISA, INOVAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO

Luís Pedro de Melo Plese

 

PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO

Fábio Storch de Oliveira

 

PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Ubiracy da Silva Dantas

 

CHEFE DE GABINETE

Jefferson Bissat Amim

 

DIRETORA SISTÊMICA DE GESTÃO DE PESSOAS

Nilva Celestina do Carmo

 

DIRETOR SISTÊMICO DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Edu Gomes da Silva

 

DIRETOR SISTÊMICO DE GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Djameson Oliveira da Silva

 

DIRETOR SISTÊMICO DE COMUNICAÇÃO

Evaldo Pereira Ribeiro

 

DIRETORA SISTÊMICA DA EDITORA DO IFAC

Kelen Gleysse Maia Andrade Dantas

 

DIRETORA GERAL DO CAMPUS CRUZEIRO DO SUL

Bráulio de Medeiros Gonçalves

 

 

DIRETOR GERAL DO CAMPUS RIO BRANCO

Wemerson Fittipaldi de Oliveira

 

DIRETORA GERAL DO CAMPUS SENA MADUREIRA

Italva Miranda da Silva

 

DIRETOR GERAL DO CAMPUS XAPURI

Joel Bezerra Lima

 

DIRETOR GERAL DO CAMPUS TARAUACÁ

Sérgio Guimarães da Costa Flórido

 

DIRETORA GERAL DO CAMPUS AVANÇADO BAIXADA DO SOL

Hévea Monteiro Maciel

 

 

 

 

 

COMISSÃO DE ELABORAÇÃO

Diego Viana Melo Lima

André Luiz Botelho de Moura

Luis Antônio de Pinho

Pedro Hercílio de Oliveira Cavalcante

Ricardo dos Santos Pereira

Valéria Rigamonte Azevedo de Assis

 

 

 

 

1. JUSTIFICATIVA

O Estado do Acre possui área correspondente a 1,8% do território nacional, é dividido em 22 Municípios. Faz fronteira internacional com o Peru e a Bolívia e, nacional, com os estados do Amazonas e Rondônia. Sua população total é de 776.463 habitantes, espacialmente concentrada no Vale do Acre (uma das cinco Regiões de Desenvolvimento). A cidade de Rio Branco concentra 46% da população total e 58% da população urbana do Estado (Acre em números, 20131).

A educação consiste em uma demanda emergencial em todo território nacional, agravando-se ainda mais nas regiões norte e nordeste, onde a baixa demografia, associada aos limites de instalações de grandes empresas transformam a qualidade de vida em uma característica incomum para a população residente nesses locais. Dados como os indicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 20102) e da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD, 2007/20143), corroboram com nossa afirmação, onde estima- se que aproximadamente 18 milhões de brasileiros não sabem ler e escrever, realidade mais agravada quando se percebe a taxa de escolarização, onde a média nacional estimada é de 91%, pouco maior do que a região norte (89,4%), porém inferior ao Estado do Acre (91,2%).

A Amazônia, um dos principais biomas do planeta, possui ampla diversidade biológica refletida nos mosaicos florestais e amplo espectro de variedade de espécie de todas os agrupamentos possíveis. No entanto, estudos apontam que essa biodiversidade está reduzindo a cada ano, com perdas irreparáveis e prejuízos em diferentes escalas, ocasionadas principalmente pelas mudanças no uso do solo, especialmente, a criação de gado (FEARNSIDE, 2005). O Estado do Acre está inserido nessa região e apresenta os mesmos desafios, sendo postulante a protagonizar mecanismos e estratégias de desenvolvimento sustentável, uma vez que possui elevada diversidade de espécies, muitas das quais são consideradas endêmicas e, portanto, vulneráveis à extinção. É pertinente acrescentarmos que o Estado experimenta avanço nas políticas de incentivo ao desenvolvimento de atividades de iniciativa privada cujos impactos respingam diretamente nos recursos naturais.

Nesse contexto, o Instituto Federal do Acre atua para formar e qualificar profissionais no âmbito da educação e pesquisa tecnológica nos diferentes níveis e modalidades de ensino para os diversos setores, além de investir em pesquisa aplicada e promover o desenvolvimento tecnológico de novos processos e serviços, em estreita articulação com os setores produtivos e a sociedade, especialmente de abrangência local e regional, sem perder de vista o objetivo de manter a qualidade ambiental para as gerações atuais e futuras.

Atualmente, com a elaboração do novo Plano de Desenvolvimento Institucional do IFAC (PDI) do próximo quadriênio (2014-2018) evidencia-se uma política de expansão do ensino, tanto horizontal (criação de novos cursos para modalidades técnica e tecnológicas) quanto vertical (pós-graduação latu senso e stricto senso), notabilizado na missão: promover a pesquisa, inovação, pós-graduação e empreendedorismo em todas as modalidades de ensino.

O programa de Pós-Graduação em Especialização em Biodiversidade possui área de concentração em Meio Ambiente, além de uma abordagem multi e transdisciplinar, trazendo como base a interação de associadas às áreas de Ciências Biológicas (Ecologia, Zoologia, Morfologia, Botânica, Sistemática, Taxonomia, Filogenia, Saúde) e as Ciências Naturais (Estatística e Química).

Diante deste cenário evidencia-se a necessidade para formação de profissionais com especialidades, inicialmente, por meio de cursos lato sensu, os quais poderão ser a base de futuros cursos Stricto sensu, para atuarem na tomada de decisão diante dos desafios de desenvolvimento no Estado do Acre.

 

 

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Oferecer formação continuada a graduados em ciências biológicas e/ou outras áreas afins do conhecimento, em nível de Pós-graduação Lato Sensu em Biodiversidade, fornecendo-lhes uma fundamentação teórica de abrangência holística dentro desta área, uma postura reflexiva e investigativa, integrando a teoria e a prática, de modo multidisciplinar e interdisciplinar.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Promover a formação de profissionais para atuarem junto aos problemas relacionados ao desenvolvimento sustentável da Amazônia; 

• Compreender o arcabouço teórico, metodológico e científico da biodiversidade da Amazônia;

• Incentivar pesquisas de monitoramento e controle da biodiversidade visando o desenvolvimento local, de modo responsável e compromissado com o meio ambiente de qualidade;

• Capacitar profissionais para atuação em atividades de ensino, pesquisa e extensão na área da Biodiversidade;

• Contribuir para a formação de pesquisadores da região Norte do País.

3. PERFIL PROFISSIONAL

O profissional formado deverá ser capaz de atuar no mercado como pesquisador e/ou técnico em demandas que envolvam a biodiversidade amazônica, com potencial de serem absorvidos pelas empresas do setor privado ou público. Além disso, o especialista em Biodiversidade estará apto a atuar na docência em ensino superior nas áreas de ecologia, conservação e biodiversidade.

4. REQUISITOS DE ACESSO

O acesso ao Curso de Especialização em Biodiversidade dar-se-á através de Processo Seletivo, regulado por Edital Próprio lançado pelo Campus onde ocorrerá a oferta. Para tanto, o candidato deverá ter concluído o Ensino Superior até o ato da matrícula.

5. ESTRUTURA CURRICULAR

5.1 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Este Projeto Pedagógico de Curso foi elaborado em observância ao disposto na Lei 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, no Decreto 5154, de 23 de julho de 2004, que regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências, na Resolução CNE/CES 01, de 8 de Junho de 2007, que estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação lato sensu, em nível de especialização, na Lei 11.892/08, de 29 de dezembro de 2008, que institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências, na Lei 12.796, de 4 de Abril de 2013, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências, aos princípios contidos no Projeto Pedagógico Institucional e demais atos legais institucionais pertinentes, e Resolução CONSU/IFAC Nº 015 /2017 – de 24 de março de 2017, que dispõe sobre a aprovação do Regimento de Pós-graduação Lato Sensu, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre.

5.2 ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA

O atendimento aos educandos pessoas com deficiência está previsto na Constituição Federal 1988 no Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN 9394/96 e suas alterações foi que houve o marco do atendimento desses educandos através da modalidade de Educação Especial. Diz o Art. 4º e inciso III – atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino que começou a instituir os atendimentos desses educandos.

No ano de 2009, o Estado Brasileiro ratificou através do Decreto Legislativo nº 168 e seu protocolo facultativo promulgado através do Decreto nº 6.949/2009 com status de emenda constitucional, a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência onde a oferta de Educação Inclusiva deve respeitar as diretrizes do Art.º 24 da referida Convenção.

De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 4 de 2 de outubro de 2009 determina o público alvo da Educação Especial assim como o Decreto 7.611 de 17 de novembro de 2011 que dispõe sobre a Educação Especial, o Atendimento Educacional Especializado e dá outras providências, inclusive para os Núcleos de Atendimento aos alunos/pessoas com deficiência.

O atendimento prestado nos Campi deve se balizar nessas legislações e outras que se fizerem pertinentes para ofertar uma Educação Profissional, Cientifica e Tecnológica Inclusiva de qualidade a todos os alunos da Rede IFAC.

5.3 CONCEPÇÃO DO CURSO

O curso é organizado respeitando-se as concepções teóricas do campus e está fundamentado nos seguintes pressupostos:

• A integração entre educação, ciência e tecnologia, a qual contribui para o enriquecimento científico, cultural, político e profissional dos sujeitos que atuam nessa instituição, sustentando-se nos princípios da interdisciplinaridade, contextualização e flexibilidade como exigência da prática educativa;

• A necessidade da formação de um novo profissional com habilidades na construção e divulgação de métodos e técnicas voltadas ao ensino da biodiversidade dentro da educação básica (disciplinas de ciências e biologia) quanto na educação superior (ecologia, conservação e manejo da biodiversidade), bem como na atuação como pesquisador e técnico;

• A natureza do curso exige metodologias participativas, que permitam vivenciar e atuar de modo teórico-prático, fazendo interagir as concepções da   educação no âmbito da experiência profissional de cada aluno, que são significadas e resinificadas no diálogo com o campo conceitual e prático.

 

5.4 PÚBLICO ALVO

Profissionais que atuam ou se interessam em atuar em biodiversidade, ciências biológicas e ciências ambientais.

5.5 LOCAL DE FUNCIONAMENTO

O curso será executado no campus Rio Branco do Instituto Federal do Acre, com dias de funcionamento previstos para as quintas-feiras e sextas-feiras noturnas, das 19h às 22h, e aos sábados, das 14h às 18h.

Os dias de oferta de curso, bem como os horários poderão ser alterados mediante a disponibilidade de espaço físico nas instalações do campus.

6. ORGANIZAÇÃO DO CURSO

O curso está organizado em 9 (nove) disciplinas mais o TCC, conforme apresentado na tabela 1. As disciplinas estão distribuídas em cargas-horárias de 24h, 36h, 48h e 60h, considerando a hora-aula como 60 minutos. Do total da carga horária de cada disciplina, 20% é semipresencial. Entende-se como carga horária semipresencial atividades atribuídas pelos docentes para serem realizadas pelos alunos fora da sala de aula.

6.1 MATRIZ CURRICULAR

Tabela 1 – Disciplinas do Curso de Especialização em Biodiversidade.

 

 

COMPONENTES CURRICULARES      

CARGA HORÁRIA

Total de aulas semanais

 

Hora-aula

 

Hora-relógio

Bases Ecológicas da Conservação

10

60

60

Metodologia de pesquisa

10

24

24

Métodos analíticos

10

48

48

Seminários de projetos

10

36

36

Biodiversidade da Amazônia

10

48

48

Desenvolvimento sustentável na Amazônia 

                  10                  

       36      

         36         

Ecologia de campo

10

48      

48

Espacialização dos dados

10

36      

36

Seminário em biodiversidade

10

24      

24

Elaboração de TCC

15

45      

45

CARGA-HORÁRIA TOTAL

405

 

6.2 CARGA HORÁRIA

A carga horária total do curso será de 405 (quatrocentos e cinco) horas-aula, sem considerar o período para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

6.3 DURAÇÃO DO CURSO

O período total de integralização do curso será de 18 meses, destinado ao cumprimento das disciplinas e a aprovação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Em caráter excepcional, a prorrogação de prazo para integralização do curso poderá ser concedida pelo Colegiado de Curso. Neste caso, o requerimento assinado pelo aluno e com a concordância expressa pelo orientador, deve ser encaminhado ao Coordenador de Curso, com a justificativa do pedido e protocolado antes de vencer o prazo de 18 meses.

Uma vez deferida a solicitação, a prorrogação será concedida por um prazo de até 90 (noventa) dias. Havendo necessidade, a prorrogação poderá ser superior a este período, uma vez analisada a justificativa pelo Colegiado de Curso.

6.4 OFERTA DE DISCIPLINAS

A oferta de disciplinas será organizada pelo Campus e prevista em edital.

6.5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação dos estudantes será realizada como parte integrante do processo educativo. Acontecerá ao longo do curso de modo a permitir reflexão-ação-reflexão da aprendizagem e a apropriação do conhecimento, resgatando suas dimensões diagnóstica, formativa, processual e somativa.

Dentre os instrumentos e técnicas de avaliação que poderão ser utilizados destacam-se o diálogo, a observação, a participação, as fichas de acompanhamento, os trabalhos individuais e em grupo, testes, provas, atividades práticas e a auto avaliação. Nessa perspectiva, a avaliação deverá contemplar os seguintes critérios:

• Domínio de conhecimentos (assimilação e utilização de conhecimentos na resolução de problemas, transferência de conhecimentos, análise e interpretação de diferentes situações problemas);

• Participação (interesse, comprometimento e atenção aos temas discutidos nas aulas, estudos de recuperação, formulação e/ou resposta a questionamentos orais, cumprimento das atividades individuais e em grupo, externas e internas à sala de aula);

• Criatividade;

• Auto avaliação (forma de expressão do autoconhecimento do discente acerca do processo do estudo, interação com o conhecimento, das atitudes e das facilidades e dificuldades enfrentadas);

• Análise do desenvolvimento integral do discente no período letivo;

• Outras observações registradas pelos docentes.

O aluno só será considerado aprovado se possuir frequência igual ou superior a 75%, bem como média igual ou superior a 7,0 (sete) em cada disciplina.

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) complementará o conteúdo abordado nas disciplinas do curso no processo de formação dos alunos e, assim como a aprovação nas disciplinas, é requisito para integralização do curso.

Os critérios de desligamento dos alunos estão previstos no Regimento de Pós- Graduação do IFAC.

6.6 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

O Trabalho de Conclusão de Curso compreenderá a elaboração e execução de um projeto de pesquisa, a ser defendido publicamente perante a uma banca examinadora, oportunizando aos alunos discussões coletivas acerca do desenvolvimento de um estudo científico.

O resultado da execução do referido projeto deverá ser apresentado em forma de artigo, produto ou livro, conforme modelo fornecido pela instituição. 

O Trabalho de Conclusão de Curso será obrigatoriamente entregue em 3 (três) cópias impressas e encadernadas à Coordenação do Curso, antes da apresentação à Banca Examinadora. 

A banca examinadora de TCC será composta por 03 (três) membros titulares e 02 (dois) suplentes, sob a presidência do orientador. 

O coordenador terá o prazo máximo de 15 (quinze) dias, a partir da entrega do TCC, para nomear a banca examinadora, a partir da relação de nomes sugerida pelo orientador.

Após a designação da banca examinadora, a mesma deve avaliar o Trabalho de Conclusão de Curso e emitir um parecer por escrito com as sugestões e alterações que devem ser realizadas no trabalho em até 20 (vinte) dias a partir da entrega.

Após a emissão do parecer da banca examinadora, o aluno deve fazer as correções necessárias no prazo máximo de 20 (vinte) dias, de forma a entregar à versão final do TCC à Coordenação de Curso.

Após a entrega da versão final do TCC para a Coordenação de Curso, a defesa do TCC deverá ocorrer no prazo máximo de 15 (quinze) dias. O pós-graduando fará uma exposição do seu trabalho, de 20 (vinte) a 30 (trinta) minutos, antes da arguição pela banca examinadora.

Cada membro da banca examinadora terá até 30 (trinta) minutos para realizar sua arguição. Ao término da arguição do TCC, cada membro da banca fará o seu julgamento, em sessão secreta, atribuindo ao candidato o conceito: APROVADO, APROVADO COM RESSALVA ou REPROVADO.

O aluno aprovado na defesa de TCC deverá entregar a versão definitiva do trabalho à Coordenação de Curso em até 30 (trinta) dias após a defesa.

6.7 ORIENTAÇÃO/COORIENTAÇÃO

A orientação será realizada preferencialmente pelos docentes do curso e servidores do IFAC. Fica estipulado até um limite de 03 (três) alunos por orientador.

Caso tenha interesse, o aluno poderá convidar um único docente de outras Instituições, com titulação mínima de Especialista, para atuar como Co-orientador do TCC, mediante assinatura de termo de trabalho voluntário.

6.8 INTEGRALIZAÇÃO DO CURSO

Incluem-se como etapas necessárias à integralização do curso a conclusão das disciplinas e a entrega da versão definitiva do TCC, 01 (uma) cópia impressa encadernada e 01 (uma) cópia digital, à Coordenação do Curso.

6.9 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

Será concedido ao aluno o direito de aproveitamento de estudos concluídos com êxito, em nível de ensino equivalente, mediante requerimento apresentado junto ao Registro Escolar do Campus (conforme estabelecido no Regimento de Pós-Graduação Lato sensu do IFAC).

6.10 DO DESLIGAMENTO

O aluno será desligado do curso quando ocorrer pelo menos uma das seguintes situações:

1. A pedido do coordenador, após identificação da evasão do aluno ou da reprovação em um número maior de disciplinas do que o previsto no PPC do Curso;

2. Ultrapassar o prazo máximo permitido para integralização das disciplinas ou para a defesa do trabalho de conclusão de curso, considerando a prorrogação de prazo;

3. Por sua própria solicitação, mediante formulário próprio entregue a coordenação do curso.

Em qualquer uma das situações postas nos itens “1” e “2”, o aluno poderá entrar com recurso junto a coordenação do curso, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis após ser notificado sobre o desligamento, apresentando justificativa, devidamente comprovada, dos motivos alegados. O Colegiado do Curso, após análise do caso emitirá o parecer no prazo máximo de até 5 (cinco) dias úteis.

6.11 CERTIFICAÇÃO

Aos estudantes que cumprirem os requisitos do curso serão concedidos Certificados de Especialista em Biodiversidade.

São requisitos mínimos para a obtenção do Certificado de Especialização:

1. Ser aprovado em todas as disciplinas da matriz curricular do curso;

2. Ser aprovado na apresentação pública do TCC no caso da especialização;

3. Ter entregue a versão final do TCC no caso da especialização à Coordenação de Curso;

4. Apresentar declaração de "Nada Consta" da Biblioteca do Campus;

5. Ter cumprido as demais exigências do Curso, especificadas no Projeto Pedagógico do Curso.

Os certificados deverão ser acompanhados dos respectivos históricos escolares.

 

7. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre – IFAC (Campus de oferta do curso) proporcionará as instalações e equipamentos abaixo relacionados para atender as exigências do Curso de Especialização em Biodiversidade.

 

Tabela 02 – Instalações.

Item

EQUIPAMENTOS

Quantidade

01

Sala de aula com quadro branco (30 alunos)

01

02

Laboratório de informática (30 alunos)

01

03

Biblioteca

01

 

Tabela 03 – Equipamentos.

Item

EQUIPAMENTOS

Quantidade

01

Notebook

01

02

Data Show

01

03

Microcomputadores com programas específicos

30

 

8. PERFIL DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

Tabela 04 – Pessoal Docente.

DISCIPLINA

FORMAÇÃO INICIAL (*)

TITULAÇÃO

Bases Ecológicas da Conservação                 

Ciências Biológicas

  Mestre/Doutor

 

Metodologia de pesquisa

Ciências Biológicas                 

Ciências Sociais  

 

  Mestre/Doutor

 

Métodos analíticos

Ciências Biológicas

Ecologia

 

  Mestre/Doutor

Seminário em biodiversidade

Ciências Biológicas

  Mestre/Doutor 

Biodiversidade da Amazônia

Ciências Biológicas                 

  Mestre/Doutor

Desenvolvimento sustentável na Amazônia  

Ciências Biológicas

  Mestre/Doutor

Ecologia de campo

Ciências Biológicas

  Mestre/Doutor 

 

Espacialização dos dados

Ciências Biológicas

Geografia

 

        Doutor

 

*Na impossibilidade de o docente com a formação inicial exigida ministrar a disciplina, outro docente com experiência comprovada na área e titulação similar ou superior a exigida poderá ministrar a disciplina.

 

Tabela 05 – Pessoal Técnico-Administrativo.

  FORMAÇÃO  

  REGIME DE TRABALHO  

  CARGO (SETOR)

  Licenciatura

  40 horas

  Técnico em Assuntos Educacionais  

  Ensino Médio

  40 horas

  Assistente em Administração

 

9. ANEXOS

9.1 PROGRAMA DAS DISCIPLINAS

Curso:

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE

Módulo: 1

Disciplina:

Bases Ecológicas da Conservação

Carga horária: 48h

EMENTA: Conceito de população; Estudos de densidade e de abundância relativa; Estrutura das populações, interações interespecíficas positivas e negativas; Causas da perda de diversidade biológica; Conservação in situ e ex situ de espécies, de populações e comunidades; impactos das ações antrópicas sobre sistemas naturais; Áreas especiais e unidades de conservação; Práticas atuais de conservação; Etnobiologia.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 1988. 434 p.

RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. 5. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2003, 503 p.

BEGON M.; HARPER, J. L.; TOWNSEND C. R. Ecologia - de indivíduos a ecossistemas. 4. ed. Porto Alegre. Artmed. 2007. 752p.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

GIANSANTI, R. O desafio do desenvolvimento sustentável. 5. ed. São Paulo, SP: Atual, 2003. 112 p. (Meio ambiente).

VEIGA, J. E. da. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro, RJ: Garamond, c2005. 226 p. ISBN 8576170515 (broch.).

TOWNSEND, C. R.; BEGON, M.; HARPER, J. L. Fundamentos em Ecologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. SIOLI, H. Amazônia: fundamentos da ecologia da maior região de florestas tropicais. 3. ed. Petrópolis: Vozes,

1991.

 

Curso:

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE

Módulo: 2

Disciplina:

Metodologia de pesquisa

Carga horária: 24h

EMENTA: Introdução à ciência e o uso do método científico; Tipos de documentos de pesquisa; Delineamento de projetos; Normas de redação científica; Fontes de consulta; Publicação científica.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. 26. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. São Paulo, SP: Atlas, 1991. 270 p.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 13. ed. São Paulo: Cortez, 1986. 237 p.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BOAVENTURA, E. M. Como ordenar as idéias. 5. ed. São Paulo: Ática, 1997. 59p. CHASSOT, Á. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. 280p.

MEDEIROS, J. B. Correspondência: técnicas de comunicação criativa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1989. 318p.

 

Curso:

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE

Módulo: 3

Disciplina:

Métodos analíticos

Carga horária: 48h

EMENTA: Estatística descritiva; Filosofia geral dos testes estatísticos; Modelos lineares gerais: teste t para amostras independentes e dependentes; ANOVA simples e fatorial; análise de regressão simples e múltipla; Análises de frequências: o teste qui-quadrado; Pacotes estatísticos.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

GLANTZ, S. A. Princípios de bioestatística. 7. McGraw Hill Brasil. 2014.

BALDI, B.; MOORE, D. S. A prática da estatística nas ciências da vida. 2. LTC Editora. 2014.

TRIOLA, M.F. Introdução à Estatística: Atualização da Tecnologia. Ed.: 11ª. Editora LTC: Rio de Janeiro, 2013.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

MOORE, D. S.; NOTZ, W. I.; FLIGNER, M. A. A estatística básica e sua prática. 6. LTC Editora. 2014.

GOTELLI, N. J.; ELLISON, A. M. Princípios de estatística em ecologia. 1. Artmed. 2010.

BEIGUELMAN, B. Curso prático de bioestatística. 5. FUNPEC. 2002.

BLAIR, R. C.; TAYLOR, R. A. Bioestatística para ciências da saúde. 1. Pearson. 2013.

ARANGO, H. G. Bioestatística: teórica e computacional. 3. Guanabara Koogan. 2009.

 

Curso:                                           

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE                             

Módulo: 4                                                                         

Disciplina:

Seminários de projetos

Carga horária: 36h

EMENTA: Análise de projetos de pesquisa dos alunos do curso, de forma a orientá-los quanto ao desenho experimental, execução e apresentação dos resultados para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

A ser indicada pelos docentes.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

A ser indicada pelos docentes.

 

Curso:

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE

Módulo: 5

Disciplina:

Biodiversidade da Amazônia

Carga horária: 48h

EMENTA: Biodiversidade – a flora, a fauna e a microbiota amazônica; Medidas de diversidade de espécies; Fatores locais, regionais e globais que influenciam a composição e diversidade de espécies.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BEGON M.; HARPER, J. L.; TOWNSEND C. R. Ecologia - De indivíduos a ecossistemas. 4. ed. Porto Alegre. Artmed. 2007. 752p.

CAPOBIANCO, J. P. R. Biodiversidade na Amazônia brasileira: avaliação e ações prioritárias para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios. São Paulo: Estação Liberdade, 2001.  ISBN: 978-85-744-8093-0

RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

TOWNSEND, C.R.; BEGON, M.; HARPER, J. L. Fundamentos em Ecologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed. 2010.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

DAJOZ, R. Princípios de Ecologia. 7. ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008.

FOX, G. A.; GUREVITCH, J.; SCHEINER, S. M. Ecologia vegetal. 2. ed. Porto Alegre, Editora Artmed, 2009.

MARGALEF, R. Ecologia. Barcelona: Ômega, 1995.

MILLER, G. T. Ciência ambiental. 14. ed. São Paulo: Cengage Learning. 2015.

ODUM, E. P. Fundamentos de Ecologia. Lisboa: Gulbenkian, 2001.

 

Curso:

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE

Módulo: 6

Disciplina:

Desenvolvimento sustentável na Amazônia

Carga horária: 36h

EMENTA: Desenvolvimento Sustentável: concepções, dimensões e impactos; Inter-relação entre os conceitos de meio ambiente, sociedade e desenvolvimento e as formas de aplicação dos mesmos; Articulação e os processos de desenvolvimento na Amazônia e seus impactos nos recursos naturais; Valoração, uso sustentável e gestão dos recursos naturais da biodiversidade amazônica.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

CULLEN JR, L.; RUDRAN, R.; VALLADARES-PÁDUA, C. Métodos de estudos em

 

Curso:

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE

Módulo: 7

Disciplina:

Ecologia de campo

Carga horária: 48h

EMENTA: Técnicas para coleta de dados no campo; Discussão e aplicação prática de conceitos ecológicos; Aprimoramento de técnicas de apresentação e redação de trabalhos científicos; Treinamento em formulação e análise de questões relevantes em ecologia.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ANDRADE, M. M. Introdução a metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. 33. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2013.

LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

CERVO, A. L. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2007.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARCONI, M. A. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisa, amostragens e técnica de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

MEDEIROS, J. B. Redação Cientifica: a prática de fichamento, resumos, resenhas. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

 

Curso:

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE

Módulo: 8

Disciplina:

Espacialização de dados

Carga horária: 36h

EMENTA: Espaço geográfico; Sistemas de informações geográficas (SIG); Conceitos e análise descritiva em SIG; Análise de dados espaciais; Software utilizados para espacialização de dados.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

LONGLEY, Paul a. et al. Sistemas e ciência da informação geográfica. Porto Alegre: Bookman, 2013.

 

Curso:

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE

Módulo: 9

Disciplina:

Seminário em biodiversidade

Carga horária: 24h

EMENTA: Apresentação e discussão de tema de pesquisa em andamento relativo aos trabalhos dos discentes; Orientação em técnicas de apresentação de trabalhos científicos;

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

A ser definido pelo docente.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

A ser definido pelo docente.

 

Curso:

ESPECIALIZAÇÃO EM BIODIVERSIDADE

Módulo: 10

Disciplina:

Trabalho de conclusão de curso

Carga horária: 45h

EMENTA: Orientações gerais; Elaboração do trabalho de conclusão de curso; Orientações complementares; Orientação final.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

A ser definido pelo docente.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

A ser definido pelo docente.

 

 

Este texto não substitui o publicado no Boletim de Serviço da data 20/09/2019.